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Ponto de Leitura Biblioteca Abdias Nascimento

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Elisa Larkin Nascimento visita a Biblioteca Abdias Nascimento

Grandes emoções na visita de Elisa Larkin Nascimento ao Ponto de Leitura Biblioteca Abdias Nascimento. Este encontro que ocorreu no último sábado, 22 de novembro, marcou o Mês da Consciência Negra, neste ano em que a biblioteca completou seis anos de atuação na promoção da leitura e valorização da Cultura Afro-brasileira no Subúrbio Ferroviário de Salvador-Ba.

Visita de Elisa Larkin Nascimento à biblioteca.
 
Elisa Larkin Nascimento é escritora, mestre em Direito e em Ciências Sociais pela Universidade do Estado de Nova York e doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Co-fundadora e atual presidente do Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro). Em sua visita à Salvador para a estreia da peça teatral "Sortilégio II", ela aproveitou para conhecer pessoalmente a biblioteca e reencontrar os seus fundadores. Elisa Larkin foi recepcionada ao som dos cânticos do Coral Afro nkorin Yorùbá e recital da poesia "Agadá da Transformação", de Abdias Nascimento. 


Visita de Elisa Larkin Nascimento à biblioteca.
Ela doou diversas obras para o acervo, autografou os livros de sua autoria presentes na biblioteca e presenteou a instituição com um dos dois exemplares que ficarão na Bahia da biografia "Abdias Nascimento - Grandes Vultos que Honraram o Senado", de sua autoria.

Visita de Elisa Larkin Nascimento à biblioteca.   

O encontro contou ainda com uma visita ao Parque São Bartolomeu, maior reserva de Mata Atlântica da cidade e território sagrado para o Povo de Axé, e finalizou ao sabor da culinária local no restaurante Cabana do Camarão.


Visita de Elisa Larkin à biblioteca Visita de Elisa Larkin Nascimento à biblioteca.


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Fazenda Coutos é o bairro mais negro de Salvador


SALVADOR



Fazenda Coutos é o bairro mais negro de Salvador; Liberdade fica em 54º lugar

Dentro do contingente de 24 mil habitantes do bairro, os negros são 90,57% da população local. Por isso, hoje, Fazenda Coutos pode ostentar o título de bairro mais negro de Salvador

“Pode olhar, quem tem a pele clarinha é de fora!”. Parece extremista, mas se você olhar mesmo pelas ruas do bairro de Fazenda Coutos, vai ver que a feirante Maria Cremilda dos Santos, 32 anos, não está enganada. Encontrar a tal “pele clarinha” é difícil. “Tenha certeza de uma coisa: meu bairro é negro e eu também”, disse, orgulhosa. 

Maria Cremilda está entre os 21.967 moradores de Fazenda Coutos que se definem como negros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dentro do contingente de 24 mil habitantes do bairro, os negros (tecnicamente definidos pela soma dos que se declararam ao IBGE como pretos ou pardos no Censo de 2010) são 90,57% da população  local. Por isso, hoje, Fazenda Coutos pode ostentar o título de bairro mais negro de Salvador — atrás somente de Ilha de Maré, com 92,99% de negros entre os 4.236 habitantes.

É, esqueça a Liberdade... O bairro que, por muito tempo, foi considerado o mais negro da cidade – e, diziam alguns, até da América Latina – ocupa a 54ª posição, em números relativos ao tamanho da população: 85,41%.  Se considerarmos apenas os números absolutos, vá lá... A Liberdade fica em 10º lugar, com 35.704 negros. Mas, seguindo essa lógica, Pernambués tem o maior número de negros – são mais de 53 mil. No entanto, eles representam 82,45% da população de 64.983 habitantes. 

“Raça e cor têm a ver com quanto a comunidade se identifica. Bairros como a Liberdade podem ter representação sobre identidade negra mais evidenciada, mas bairros com mais pessoas com pele preta ou parda não são esses de referência”, diz o coordenador de disseminação de informações do IBGE, Joilson Rodrigues.

Fazenda Coutos pode não ter a tradição de resistência negra, mas, para a doméstica Telma Regina, 42, que mora lá há 30 anos, não há como negar a realidade local. “Aqui, não tem pessoas ‘parmalat’, de pele branca, cabelo liso e olhos claros. Se tiver, são só gatos pingados”, brincou. “O bom é que todo mundo é igual e ninguém trata ninguém com indiferença”.

Orgulho e carência
Para quem nasceu ali, a verdade é uma só: os moradores têm mais orgulho de se definir como negros. “Algumas pessoas podem até não perceber, mas estão amadurecendo mais e entendendo quem são. A cultura negra ajuda, a música negra, como o rap e o samba, tudo ajuda... Muitas crianças daqui cresceram com a capoeira e isso tem passado de pai para filho”, comentou o pensionista Roberto Chagas, 37, que foi morar lá “ainda bebê”. 

Mas, apesar de tudo, a infraestrutura e os serviços públicos no bairro ainda ficam devendo... As queixas dos moradores vão desde a falta de áreas de lazer até a insegurança – ainda esta semana, duas escolas da rede municipal suspenderam as aulas, depois que traficantes rivais entraram em confronto.  “Fazenda Coutos é um bairro muito discriminado por conta da violência. Mas é um bairro em que a negritude está enraizada e, disso, temos orgulho”, disse o autônomo Alan Matos, 30. 

Na verdade, o que tem acontecido em Fazenda Coutos é uma tendência no resto do país, para a professora de Sociologia da Ufba Paula Barreto, coordenadora do grupo de pesquisa A Cor da Bahia.  

“Como (o Censo) é autodeclaração (a pessoa pode declarar a cor que quiser), acredito que o debate mais constante e a maior visibilidade que temos dado às questões da negritude e do racismo tenham feito com que cada vez mais pessoas deixem de negar sua cor”, explicou Paula. 

Até o início dos anos 2000, o que acontecia era exatamente o contrário: a tendência era que as pessoas afirmassem que eram de uma cor mais clara do que a sua. “Isso acabava inflando a categoria branca, porque ninguém queria ser negro. Agora, as pessoas estão mudando a maneira como se classificam e um dos aspectos dessa afirmação do ser negro passa pela pessoa assumir as características físicas que têm”. 

Resistência
Só que, mesmo com as estatísticas  do IBGE, o título de Fazenda Coutos é questionável para alguns... Para Antônio Carlos Santos, o Vovô do Ilê Ayê, por exemplo, o posto ainda é da Liberdade. “Isso é uma forma de tentar enfraquecer, porque a Liberdade tem mais consciência de luta. Com todo respeito ao pessoal dos outros bairros, mas o grito daqui contra o racismo é mais forte”. 

Ele diz que uma das possíveis explicações para o resultado seriam as divisões que o IBGE considera. De fato, Liberdade e Curuzu são considerados como bairros separados, pelo Censo. No entanto, isso não muda muita coisa. Se somássemos o total dos dois, o bairro ainda não seria o maior: o percentual seria de 85,68%.

Bairros do Subúrbio são mais negros; ocupação começou em 1960

Fazenda Coutos não é o único bairro do Subúrbio Ferroviário em que o número de moradores que se declaram negros é alto. Logo em seguida, vem Rio Sena (90,30% da população  preta ou parda), Moradas da Lagoa (90,12%), Lobato (89,62%)...
Fazenda Coutos lidera, mas Top 20 tem vários bairros do Subúrbio (Foto: Marina Silva/Arquivo Correio)

A ocupação dessa região, segundo a professora do curso de Urbanismo de Universidade do Estado da Bahia (Uneb) Liliane Mariano, começou na década de 1960, com o início da industrialização na cidade. “Houve uma migração muito grande do campo para a cidade. No início, a construção civil absorveu essa mão de obra. Depois, eles passaram a fazer atividades informais não qualificadas e começaram a ocupar o Subúrbio. Ali era uma área esquecida pelo poder público, que só na última década começou a olhar para lá. Tinha pouco valor para o mercado imobiliário, porque tem muitas encostas e é desqualificada para habitação. Por isso, o mercado imobiliário se interessou pela Orla Atlântica e pela região do Iguatemi”. 

Essas outras regiões, como o Itaigara, a Vitória, a Graça e o Caminho das Árvores, são os bairros onde há menos negros (índices de 34,49%, 36,42%, 37,82%, e 38,03%, respectivamente). Segundo a secretária municipal da Reparação, Ivete Sacramento, até 2002, não houve nenhum tipo de medida afirmativa que ajudasse a mudar esses números - até a implantação das cotas raciais nas universidades públicas.

“Infelizmente, a pobreza tem cor. E onde tem menos negro é onde tem uma economia mais elevada. Até o material que se usava nas obras dos bairros periféricos era diferente dos bairros nobres. Agora, estamos mudando isso”. Para a secretária, a consciência negra deve ser instituída desde os primeiros anos de escola. “Salvador é uma cidade com 79% de negros. Nós temos que ver esse colorido em toda parte”.
Fonte: www.correio24horas.com.br

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Espetáculo "Sortilégio II - Mistério Negro de Zumbi Redivivo", de Abdias Nascimento, no mês da consciência negra em Salvador - BA

Espetáculo "Sortilégio II - Mistério Negro de Zumbi Redivivo", de Abdias Nascimento, no mês da consciência negra em Salvador - BA



O clássico do Teatro negro brasileiro tem direção de Ângelo Flávio

Marcando a celebração dos 10 anos da Cia de Teatro Abdias do Nascimento (CAN) e do centenário de Abdias Nascimento, o espetáculo inédito "Sortilégio II - Mistério Negro de Zumbi Redivivo", texto homônimo de Abdias Nascimento, ícone maior do Teatro Negro Brasileiro, têm direção e adaptação de Ângelo Flávio,
​assistência de direção de Elinaldo Nascimento e Vanessa Damásio, ​
coreografia de Zebrinha, figurino de Zuarte Júnior, cenário de Marcos Costa e equipe de direção musical formada por Maurício Lourenço, Daniel Vieira e Elinaldo Nascimento, estreia dia 21 de novembro e segue em temporada até o dia 30 de novembro (sextas, sábados às 20h e domingo às 19h), mês que marca a luta anti-racista em todo o país.
"A montagem traz aos palcos questões como deslocamentos identitários, integracionismos culturais,  imaginários e comportamentos sociais que nos levam a pensar a construção de um corpo brasileiro erguido através das inquietudes de um personagem atormentado pela culpa",  diz o diretor Ângelo Flávio.
“A coreografia do espetáculo tem função de legendar o texto, as cenas são muito visíveis e descritivas. Por se tratar de assuntos afro-religiosos, estou fazendo isso da maneira mais contemporânea possível, sem trazer para à cena rituais ou atos religiosos”, destaca o coreógrafo José Carlos Arandiba, mais conhecido como Zebrinha.
A premiada Cia Teatral Abdias Nascimento é a única Cia do país a receber os direitos exclusivos para montar este Clássico do Teatro Negro Brasileiro. A montagem é parte de um projeto idealizado por Ângelo Flávio, vencedor em primeiro lugar do edital nº 17/2012 do Fundo de Cultura da Secretaria de Cultura (SECULT- BA) através do Setorial de Teatro da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), que ainda este ano montou o bem sucedido projeto "Abriu de Leituras".

SINOPSE
Sortilégio II - Mistério Negro de Zumbi Redivivo acontece em um terreiro de candomblé, espaço de misticismo e religiosidade e explora o conflito de emoções e a dificuldade de enquadramento social do advogado negro Dr. Emanuel, que sofre com o preconceito racial. Ele é casado com uma mulher branca chamada Margarida, que na ocasião do casamento não era mais virgem e isso gera ciúmes e desconfiança nele. Durante um momento de fúria ao questionar a fidelidade da mulher, Emanuel a estrangula com intenção de assustá-la e acaba matando-a, após o ato ele foge para um terreiro de candomblé e é neste momento que se reintegra a sua cultura e religiosidade, negada anteriormente pela formação cristã.

CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO DA PEÇA À ATUALIDADE
Tendo a primeira versão escrita no início da década dos 1950, a peça só foi liberada pela censura em 1957, e hoje continua muito atual. Para a pesquisadora e viúva de Abdias do Nascimento, Elisa Larkin Nascimento, “a questão da intolerância religiosa que ela trata constitui hoje um tema da maior importância para a sociedade baiana, brasileira e mundial. A peça ajuda a colocar essa questão em perspectiva ao traçar o histórico da agressão violenta contra o povo de santo ao mesmo tempo em que mostra a força mítica e social do candomblé, fundada em uma relação fértil, dinâmica e respeitosa entre o ser humano e a natureza”.
Larkin, explica em um artigo chamado A Questão de Gênero na Peça Sortilégio (Mistério Negro) de Abdias Nascimento, que “Sortilégio ficou durante seis anos banida do palco pela proibição da censura. Uma nova versão da peça, Sortilégio II: mistério negro de Zumbi redivivo (Nascimento, 1979) foi escrita após a estada do autor na Nigéria como professor visitante da Universidade de Ife em 1977”.
Larkin destaca também a importância a contribuição da montagem para a cena do teatro baiano, nacional e mundial. "A apresentação de Sortilégio II vem coroar essa iniciativa de resgate e valorização da história do teatro negro. Contribui para a cena teatral baiano, brasileiro e do mundo ao enriquecer o legado do teatro negro, um fenômeno local, nacional e internacional estudado por vários autores. Esse fenômeno demonstra profunda coerência com a tradição africana ao fazer uma arte engajada na vida e nas peripécias de seu povo e sua comunidade", afirma Larkin.

EXPOSIÇÃO
Em comemoração aos 10 anos da Companhia Teatral Abdias Nascimento (CAN) será realizada no dia 21 de novembro (sexta-feira), às 19h, no foyer do teatro Vila Velha, uma exposição para mostrar a trajetória da Companhia, com fotos dos espetáculos já realizados, matérias de jornais, figurinos e vídeos. A curadoria da exposição é de Luis Augusto Sacramento e Ângelo Flávio, com produção de George Bispo.

ELENCO
A CAN resolveu abrir uma audição para selecionar atores e atrizes da nova geração adotando uma política de vitrine e difusão de novos talentos do teatro baiano. Foram mais de 200 inscritos para a audição, e foi uma decisão difícil escolher os talentosos artistas para integrar o elenco que conta com os atores, Cleiton Luz, Jean Pedro, Marcos Dias, Pedro Albuquerque, Renan Motta e Sérgio Laurentino, além das atrizes, Fernanda Silva, Savannah Lima, Mariana Borges, Telma Souza e Zitta Carmo.

O DIRETOR - ÂNGELO FLÁVIO
O ator e diretor baiano, Ângelo Flávio comemora este ano 20 anos de carreira  dedicados às artes cênicas, ele é bacharel em direção teatral pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia e já participou de diversas montagens do Teatro, Televisão e Cinema. Em 2002, funda a Cia Teatral Abdias Nascimento na UFBA, primeiro grupo negro de teatro de formação superior na Bahia. Sua trajetória passa ainda pelos espetáculos O evangelho segundo Maria, onde recebeu o Prêmio Braskem como ator, na direção dos espetáculos As irmãs de Brecht, A casa dos Espectros e O Dia 14, além de receber o prêmio de melhor texto em Casulo. No cinema, atuou em Fora do Rumo, Eu me Lembro, Quincas Berro D'água, O Fim do Homem Cordial, Trampolim do Forte, Estranhos (favorito a prêmio como ator) e A beira do Caminho. Na televisão, marcou presença em Dona Flor e seus dois maridos e a Grande Família.

 A CIA TEATRAL ABDIAS NASCIMENTO
A premiada Cia Teatral Abdias Nascimento (CAN), nasceu na Escola de Teatro da UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA em 2002, por estudantes negros e negras, que passaram a discutir a constante ausência do protagonismo negro na cena baiana, assim como, o ausente conteúdo epistemológico dos negros brasileiros e da Diáspora na grade curricular da Universidade. Participantes ativos nas lutas sociais contra todas as formas de discriminação e genocídio cultural - características presentes nas montagens - a CAN, adquire respeito não só estético, também, social . A CAN, tem se destacado na cena teatral contemporânea da Bahia por um trabalho que prima pela pesquisa e a qualidade cênica, características que lhe conferem um crescente respeito da Academia, da crítica especializada e do público em geral.

ABDIAS NASCIMENTO
Escritor, artista plástico, teatrólogo, político e poeta, Abdias Nascimento foi um dos maiores ativistas pelos direitos humanos e deixou um legado de lutas pelo povo afrodescendente no Brasil. Fundou no Rio de Janeiro, em 1944, o Teatro Experimental do Negro, que rompeu a barreira de cor nos palcos brasileiros e formou a primeira geração de atores e atrizes dramáticos negros do teatro brasileiro, além de propiciar a criação de uma literatura dramática afro-brasileira. Organizou eventos históricos como o 1o Congresso do Negro Brasileiro (1950) e a Convenção Nacional do Negro (1945-46), que propôs à Assembleia Nacional Constituinte de 1945 políticas afirmativas e a definição da discriminação racial como crime de lesa-Pátria. Em 1978, ele recebeu a primeira indicação ao Prêmio Nobel da Paz.

Após 12 anos no exílio, Abdias Nascimento retornou ao Brasil e participou do processo de redemocratização do país. Como deputado federal Abdias Nascimento elaborou, em 1983, a primeira proposta de legislação instituindo políticas públicas afirmativas de igualdade racial. Continuou defendendo essa proposta, no período de 1991 a 1999, como senador e como titular fundador da Seafro (Secretaria de Defesa e Promoção da População Afro-Brasileira) e da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Autor de poesias, peças teatrais, ensaios e pesquisas, ele foi autor e organizador de vários livros e publicações, entre suas obras mais expressivas estão Axés do Sangue a da Esperança (orikis) (poesia, 1983); Sortilégio (Mistério Negro) (peça teatral, 1959, nova versão publicada em 1979); O genocídio do negro brasileiro (1978), Quilombismo (1980, 1ª edição).
A Universidade Obafemi Awolowo, de Ilé-Ifé, Nigéria, outorgou-lhe, em 2007, o título de Doutor em Letras, Honoris Causa. O Conselho Nacional de Prevenção da Discriminação, do Governo Federal do México, outorgou a Abdias Nascimento o seu prêmio em reconhecimento à contribuição destacada à prevenção da discriminação racial na América Latina (2008). O Ministério da Cultura outorgou-lhe a Grã Cruz da Ordem do Mérito Cultural (2007), e em 2009 ele recebeu do Ministério do Trabalho a Grã Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho Getúlio Vargas. Ambas são as mais altas honrarias do Governo Federal do Brasil em suas respectivas áreas. Ainda em 2009, recebeu o Prêmio de Direitos Humanos da Universidade de São Paulo e o Prêmio de Direitos Humanos na categoria Igualdade Racial da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República do Brasil.

Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova York e Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Brasília, Federal e Estadual da Bahia, do Estado do Rio de Janeiro, e Obafemi Awolowo da Nigéria, Abdias Nascimento foi oficialmente indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2010, em função de sua defesa dos direitos civis e humanos dos afrodescendentes no Brasil e no mundo. Conheça toda a história da indicação de Abdias Nascimento ao Prêmio Nobel da Paz, e consulte as cartas de personalidades e instituições que apoiaram a indicação.
Abdias Nascimento faleceu no Rio de Janeiro em 23 de maio de 2011, aos 97 anos. O reconhecimento de sua obra foi expresso pelas inúmeras mensagens de condolências vindas de todas as partes do Brasil e do mundo.

FICHA TÉCNICA
Projeto, Direção e Encenação  - Ângelo Flávio
Texto - Abdias Nascimento
Coreografia – Zebrinha
Assistente de Direção - Elinaldo Nascimento e Vanessa Damásio
Coordenação de Produção – George Bispo
Assistente de Produção - Bianca Lessa e Marcelo Ricardo
Preparador Corporal - Arismar Adoté Jr
Cenógrafo - Marcos Costa
Cenotécnico – Milton Santos e Yoshi Aguir
Figurinino e Maquiagem – Zuarte Júnior
Equipe de direção Musical: Maurício Lourenço, Daniel Vieira e Elinaldo Nascimento.
Técnico de Som - Dj Jeferson Souza
Iluminador - Rivaldo Rios
Elenco - Cleiton Luz, Fernanda Silva, Jean Pedro, Marcos Dias, Mariana Borges, Pedro Albuquerque, Renan Motta, Savannah Lima, Sérgio Laurentino, Telma Souza e Zitta Carmo
Assessora de Comunicação - Dayanne Pereira
Assistente de Comunicação - Rebeca Bastos

Programador Visual – Sidney Rocharte
Fotografia - Milla Cordeiro
Curadoria Exposição - Luis Augusto Sacramento e Ângelo Flávio
Realização: Companhia Abdias Nascimento e Caboclinho Produção Cultural e Artística Ltda


SERVIÇO
Espetáculo Sortilégio II - Mistério Negro de Zumbi Redivivo
Local - Teatro Vila Velha
Temporada - 21 a 30/11 - Sextas, sábados às 20h e domingo às 19h
Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia)
Exposição - 10 ANOS DA COMPANHIA TEATRAL ABDIAS NASCIMENTO (CAN)
Local: Teatro Vila Velha
Data: 21 de novembro, às 19h